quinta-feira, 19 de março de 2009

Leite materno ou leite industrializado? (LP)

Olha só que cena mais linda: o papai dando a mamadeira de leite para o filho. Melhor ainda é saber que esse leite é o da mamãe, que ela tirou com tanto carinho para que pudesse ver qual seria a reação do Ale caso precisasse algum dia, já que daqui a menos de duas semanas a mamãe aqui terá que voltar a trabalhar. (buáaaaaaaaaaaa!!!).

Foram 3 dias de testes. No primeiro consegui retirar 100ml (acho que é bastante) manualmente direto para a mamadeira e oferecemos ao Ale à tarde, depois de uma hora que havia comido a frutinha. Achei que ele não iria aceitar das minhas mãos, por isso o papai é quem se prontificou a fazê-lo. Assim que viu o líquido na mamadeira, ele abriu um bocão e começou a tomar o leite com tanta vontade que nem parecia que tinha há pouco comido uma maçã inteira!!!

Foi bem interessante a sensação de vê-lo mamar do meu leite, sem eu estar junto dele.

No dia seguinte repeti a operação, mas desta vez tirei apenas 70ml pois fiquei com medo de estar exagerando na alimentação dele. Minha idéia era para apenas complementar com o meu próprio leite uma das três refeições que o Alexandre terá de fazer no berçário, longe da mamãe (frutinha/manhã, papinha/almoço e frutinha/tarde). As outras refeições continuariam com o meu leite mesmo e com a minha presença...
No terceiro dia eu mesma ofereci a mamadeira ao Ale, que aceitou numa boa e resolvi tirar os mesmos 70ml para aquele dia e mais 60ml para congelar. E não é que consegui? Meu Deus, como pode sair tanto leite? Porém, comecei a achar esse processo meio cansativo e demorado e fiquei pensando em como seria no dia-a-dia corrido que temos quando trabalhamos fora...
Em consulta com o pediatra contei-lhe o que estava fazendo e ele não aprovou. Disse que o melhor mesmo é que, se caso o Ale necessite de complementação, que seja com o leite em pó mesmo. Segundo ele, o processo de retirada do leite acaba estressando a mãe e a conservação do leite não é das mais adequadas, já que será transportado todos os dias da minha casa para outro local e, mesmo na geladeira, poderá sofrer alterações com as correntes de ar quentes ao abrir e fechar da porta do freezer.
Fiquei um pouco frustrada com esse veredito do médico. Queria tanto que meu filho continuasse me sentindo perto dele de alguma forma... já será difícil a nossa separação, depois de tantos dias grudados (foram 9 meses dentro da minha barriga e mais 6 meses quase que o tempo todo juntos também).
Mas ao mesmo tempo sei que ele está certo e que acabaria sendo difícil para mim. Além do mais, continuarei amamentando o Ale pela manhã e ao menos mais duas vezes à noite. E como é gostoso amamentar um filho, como é prazerosa essa sensação de saciar a fome e a sede de um pequenino ser, produzindo dentro de nós tudo aquilo de que ele necessita para viver e crescer forte e sadio.
Que Deus permita que eu continue tendo essa ligação de amor com ele até quando for possível e que essas mudanças não interfiram em seu desenvolvimento físico e emocional. E obrigada, meu Deus, por todos os segundos de alegria já experimentados até agora com a amamentação!

Nenhum comentário:

Postar um comentário