quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SER MÃE. (por Luciana Pierre)

Lembro-me como se fosse ontem quando, numa visita ao médico, fui impedida de terminar um dos exames de rotina que estava fazendo. Motivo: podia estar grávida e por isso teria de esperar mais uma semana pela confirmação. Saí de lá já me sentindo grávida, alisando minha barriga com aquele medo de ser apenas um “alarme falso”.

A semana se passou e diante da expectativa fiz o teste confirmando a gravidez. Foi assim que começamos a conhecer nosso pequeno garoto. Acompanhamos desde a fase da divisão celular do feto, pois naquele ultra-som ainda não havia placenta formada, apenas uma célula que a cada dia se dividia e se transformava em um novo ser.

A gravidez foi muito tranqüila. No começo senti um pouco as mudanças (corpo, hormônios, o fato de ter de ser mais tranqüila, mudar um pouco a rotina, até mesmo no trabalho...) e até demorei um pouco para me acostumar com a nova idéia. Mas a cada dia nosso filho crescia e se modificava dentro de mim. Que mágicos 9 meses... fomos nos apaixonando um pelo outro e lembro-me que nas primeiras mexidas dele ainda tinha dúvida se eram mesmo mexidas, mas que com o tempo, foi se tornando uma forma clara de se comunicar com a gente.

O Ma sempre foi um maridão, um presente de Deus na minha vida. E sabia que seria um paizão também. Desde a barriga, sempre conversou com o Ale e fazia brincadeiras com ele, encostando sua boca bem pertinho de meu umbigo para falar com ele. Eu sempre dava risada e tenho certeza que o Ale também gostava disso.

No dia 3/10/2008 fomos ao hospital Sta. Catarina, fazer um dos últimos exames de rotina e acabamos ficando por lá mesmo. Minha médica achou prudente antecipar o parto uma vez que o bebê já estava com 38 semanas, totalmente formado e com dificuldades em se mexer. Lembro-me que eram 10h e ela me disse pelo telefone que eu já seria internada imediatamente, enquanto ela reunia a sua equipe para vir ao hospital.

O Ma teve que sair correndo para organizar tudo: internação, malas, máquina, documentos, e eu fiquei lá sozinha em uma sala chamada pré-parto que não tinha nada, apenas uma cama e uma poltrona. Apesar de estar vestida apenas com um avental próprio para a cirurgia, fiz questão de que ninguém me tirasse o celular, pois era a minha única ligação com o Ma e com o mundo. Liguei para ele que me disse já estar chegando em nosso apartamento. Gostei da idéia e comecei a ligar para minha mãe, minha irmã, como forma também de não me sentir sozinha.

Tudo passou tão rápido, em menos de duas horas eu já estava entrando na sala de cirurgia e iniciando a operação. O Ma não chegava e isso me deixava aflita, com medo. De repente ele entra pela sala da cirurgia, correndo, já todo paramentado e segurou a minha mão. Como me senti bem naquele momento, segura, senti vontade de chorar. O Ma então largou minha mão e foi para o outro lado da sala, para ver o Ale chegar ao mundo. E eu só ouvia as vozes de todos, não via nada.

De repente, a médica levanta nosso bebê bem alto para apresentá-lo ao pai. Nesse momento, consigo ver suas costinhas, seu bumbum, tudo tão pequeno, mexia pouco e ainda não chorava. Que emoção. Aí sim chorei como criança. MEU FILHO! MEU AMOR! Inexplicável o que senti. Levaram nosso bebê para limpá-lo e pesá-lo e quando ele voltou, ficou um pouquinho comigo sentindo meu cheiro, me reconhecendo. Outro momento único em minha vida. Ele abriu os dois olhinhos e me olhava fixamente e eu só queria beijá-lo, senti-lo e amá-lo desde então.

SER MÃE. Sem dúvida uma grande responsabilidade. Mas ao mesmo tempo um presente de Deus para mim. Agora é o momento de aprender com ele a ser mãe, e dele aprender comigo a ser filho. Que Deus abençoe nossa família e nos fortaleça na fé a cada dia para cumprirmos da melhor forma essa grande e importante missão em nossas vidas.

SER PAI. (por Marcos Galante)



Sempre tive do desejo em ter um filho, talvez pela distância entre eu e o meu pai, sempre quis ter um relacionamento PAI e FILHO e doar todo carinho e atenção a ele.

O começo desta fase foi em dezembro de 2007, nesta data mais uma vez demos nosso “SIM” para ampliar nossa família, um “SIM” que abriria a porta a novos sentimentos, responsabilidades, alegrias e preocupações.

Lembro como se fosse ontem quando, no dia 14/02/08, a Luciana me esperava no metrô para voltarmos juntos para casa, eu sabia que ela havia feito o exame para verificar se estaria grávida ou não. A minha ansiedade era imensa, quando a vi descer a escada com uma cara fechada, logo pensei que não havia sido daquela vez. Mas ela estava apenas me enganando, quando vi o resultado parecia como filme; as pessoas ao redor paralisam e apenas os protagonistas se abraçam e choram, foi muito bom, um sentimento intenso.

Mas nenhum sentimento se compara ao que eu vivi no ultimo dia 03/10. Primeiramente foi muita tensão, quando a médica avisou no meio de um exame que ela faria a cesária naquele dia. Saí do hospital para buscar as roupas do bebê e da mamãe e, ao entrar no carro e sair pela Paulista, a adrenalina estava no máximo, eu soltava urros ao volante, coisa de louco! E ao regressar para o hospital recebi dezenas de ligações da médica, dizendo que estava com a Lucina na sala de cirurgia. Aí veio o medo de não poder acompanhar este momento único. Por fim tudo deu certo!

Como foi espetacular ver a chegada do meu filho, como foi incrível ver o Alexandre chegar ao mundo, ele sair sem chorar e como um sopro divino inicia-se o choro, a atividade, neste momento a emoção salta do peito a mente e domina meu corpo, as lágrimas não se contêm e só então, sinto-me SENDO VERDADEIRAMENTE PAI.

E só depois de ser pai comecei a compreender melhor o tamanho do amor de DEUS por nós, seus filhos, e a realmente validar a passagem que diz: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11.13).

Hoje só tenho a agradecer a Deus, por confiar à nós os cuidados (amor, atenção, ensino e etc..) com este presente divino que é o Alexandre.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tudo começou com um SIM! (por Marcos Galante)


Nossa Família foi construída a partir de um SIM, no dia 02/10/2004, perante os amigos e familiares no Santuário de Nossa Senhora da Salette.

Naquela noite chovia e chegamos a comentar que era uma chuva de bençãos para a nova família que se formava naquela noite.

Tudo foi mágico, as músicas, os amigos, o clima de alegria de todos... realmente foi inesquecível quando abriram as portas do Santuário e surgiu a Luciana, linda, aliás maravilhosa, como nunca havia visto antes; e ao fundo houvia-se a oração de Santa Teresinha (Ah, como é bom sentir a doce paz...eh vc chegou qual ladrão me fitou e robou para si o meu coração, e agora sem forças e sou prisoneira do mais belo amor ...)

Tudo espetacular!